Entrevista Elisabete de Sousa, Directora de Recursos Humanos da CRH Autor: Data Publicação:23/02/2009 Elisabete de Sousa acredita que a sua experiência na CRH, iniciada há um ano, é um dos maiores desafios da sua vida. Define-se como uma mulher do Norte. Tentou a sorte em Lisboa e vingou. A CRH é um dos seus maiores orgulhos, por todas as potencialidades no mercado em que actua. Empregos Online: Porque é que a CRH é um dos grandes desafios da sua vida profissional? Elisabete Sousa: A CRH é uma empresa em franca expansão, que atravessa neste momento um processo de mudança profunda ao nível da Gestão e das Pessoas. Esta mudança implica a reorganização das prioridades, dos valores e mudanças culturais. Este processo de mudança requer a mediação de interesse e gestão de expectativas, sendo necessário envolver e comprometer toda a organização. É o desafio da gestão da mudança! Adicionalmente, tenho outro desafio importante em mãos: liderar uma equipa de 32 profissionais na área de Recursos Humanos, sendo preciso muito rigor para levar toda a equipa a atingir os objectivos definidos! Elisabete Sousa Recursos Humanos CRH EO: Qual o seu percurso profissional? Elisabete Sousa: Sou natural do Norte e decidi vir para Lisboa. Ainda não tinha terminado a licenciatura em Gestão de Recursos Humanos no ISCTE, ingressei no departamento de Recursos Humanos do Banco Santander, como assistente. Depois, integrei a consultora Arthur Andersen, tendo iniciado um estágio no departamento de RH. Terminada a licenciatura, continuei o desafio na área da consultadoria, onde desempenhei os cargos de Técnica de RH (departamento de RH) e Consultora de Recursos Humanos (área de Human Capital) na Deloitte. Passado algum tempo, decidi responder a uma oferta no Norte, para a empresa de Call Center e Telecomunicações V Contact, onde permaneci dois anos. Desde há um ano para cá, tenho outro desafio: Liderar os Recursos Humanos da CRH. EO: Enquanto directora de RH da CRH, quais as principais dificuldades que enfrenta diariamente? ES: Na área de Recrutamento e Selecção, as dificuldades que encontro estão relacionadas com o paradigma actual, tanto económico como social. Verifico uma mudança da minha geração para a geração de jovens de hoje em dia. Existe actualmente uma maior despreocupação em relação ao futuro profissional, fruto dos condicionalismos do mercado actual. Os jovens tendem a valorizar as recompensas imediatas: o valor do vencimento que vão auferir no fim do mês tem prioridade sobre o vínculo contratual que os ligará às empresas. É uma preocupação legítima face às dificuldades que o mercado atravessa. EO: Como verifica essa tendência? ES: Nos processos de recrutamento, reparamos que para os jovens a maior fonte de motivação é quase exclusivamente a sua remuneração e não a forma contratual que os liga às empresas. Além disso, quando os jovens começam a trabalhar sentem que as expectativas que trazem das universidades e instituições e ensino, não coincidem com o mercado de trabalho. Constatam que a realidade é bem diferente, sentindo muitas vezes desânimo e frustração. Neste contexto, é necessário que os jovens tenham consciência de que é necessário fazer todo o trabalho do «aprendiz» para um dia chegarem a ser «mestres». Quando se começa a trabalhar é necessário adquirir as competências de base que não são adquiridas nas universidades. EO: Verifica essa tendência apenas nos jovens? ES: As pessoas que já tiveram oportunidade de passar por vários empregos e experiências profissionais têm outra visão e postura no mercado de trabalho. Aqui a dificuldade reside no mercado actual. Por outro lado, as expectativas das pessoas estão actualmente tão baixas que, quando confrontadas com as ofertas de trabalho, podem sentir-se pouco motivadas e confusas! O valor social (realização pessoal) e o valor económico (vencimento) conflituam, mas também é verdade que a decisão das pessoas marca a diferença de atitude. EO: Quais as principais potencialidades da CRH no mercado português? ES: A CRH é uma empresa muito bem posicionada no mercado e está em franca expansão. Tem uma equipa com competências técnicas e pessoais fora de série, com profundo know-how nas diversas áreas e negócio. A CRH diferencia-se pela grande especialização e porque é um dos maiores criadores de emprego do país, baseando o seu negócio nas pessoas. Na área de Recrutamento e Selecção, um grande factor de distinção da CRH é o tratamento único a que os candidatos têm direito. Apesar de termos dezenas de processos de Recrutamento e Selecção por dia, gostamos, queremos – e não temos outra forma de trabalhar – a não ser tratar candidato como único, com todas as suas potencialidades e dificuldades. Devo também dizer que as nossas parcerias com clientes são muito consistentes e profissionais. A nossa carteira de clientes aumenta gradualmente e de forma muito positiva. EO: Como a CRH enfrenta o abrandamento económico que assola o mercado nacional e internacional? ES: Na CRH transformamos dificuldades em oportunidades! A conjuntura obriga-nos a trabalhar mais no campo das oportunidades. Neste contexto de crise e de redução de custos, a qualidade e os preços dos nossos serviços são altamente competitivos, sendo uma excelente vantagem para os nossos clientes. Partilhar esta informação
Entrevista Elisabete de Sousa, Directora de Recursos Humanos da CRH Autor: Data Publicação:23/02/2009 Elisabete de Sousa acredita que a sua experiência na CRH, iniciada há um ano, é um dos maiores desafios da sua vida. Define-se como uma mulher do Norte. Tentou a sorte em Lisboa e vingou. A CRH é um dos seus maiores orgulhos, por todas as potencialidades no mercado em que actua. Empregos Online: Porque é que a CRH é um dos grandes desafios da sua vida profissional? Elisabete Sousa: A CRH é uma empresa em franca expansão, que atravessa neste momento um processo de mudança profunda ao nível da Gestão e das Pessoas. Esta mudança implica a reorganização das prioridades, dos valores e mudanças culturais. Este processo de mudança requer a mediação de interesse e gestão de expectativas, sendo necessário envolver e comprometer toda a organização. É o desafio da gestão da mudança! Adicionalmente, tenho outro desafio importante em mãos: liderar uma equipa de 32 profissionais na área de Recursos Humanos, sendo preciso muito rigor para levar toda a equipa a atingir os objectivos definidos! Elisabete Sousa Recursos Humanos CRH EO: Qual o seu percurso profissional? Elisabete Sousa: Sou natural do Norte e decidi vir para Lisboa. Ainda não tinha terminado a licenciatura em Gestão de Recursos Humanos no ISCTE, ingressei no departamento de Recursos Humanos do Banco Santander, como assistente. Depois, integrei a consultora Arthur Andersen, tendo iniciado um estágio no departamento de RH. Terminada a licenciatura, continuei o desafio na área da consultadoria, onde desempenhei os cargos de Técnica de RH (departamento de RH) e Consultora de Recursos Humanos (área de Human Capital) na Deloitte. Passado algum tempo, decidi responder a uma oferta no Norte, para a empresa de Call Center e Telecomunicações V Contact, onde permaneci dois anos. Desde há um ano para cá, tenho outro desafio: Liderar os Recursos Humanos da CRH. EO: Enquanto directora de RH da CRH, quais as principais dificuldades que enfrenta diariamente? ES: Na área de Recrutamento e Selecção, as dificuldades que encontro estão relacionadas com o paradigma actual, tanto económico como social. Verifico uma mudança da minha geração para a geração de jovens de hoje em dia. Existe actualmente uma maior despreocupação em relação ao futuro profissional, fruto dos condicionalismos do mercado actual. Os jovens tendem a valorizar as recompensas imediatas: o valor do vencimento que vão auferir no fim do mês tem prioridade sobre o vínculo contratual que os ligará às empresas. É uma preocupação legítima face às dificuldades que o mercado atravessa. EO: Como verifica essa tendência? ES: Nos processos de recrutamento, reparamos que para os jovens a maior fonte de motivação é quase exclusivamente a sua remuneração e não a forma contratual que os liga às empresas. Além disso, quando os jovens começam a trabalhar sentem que as expectativas que trazem das universidades e instituições e ensino, não coincidem com o mercado de trabalho. Constatam que a realidade é bem diferente, sentindo muitas vezes desânimo e frustração. Neste contexto, é necessário que os jovens tenham consciência de que é necessário fazer todo o trabalho do «aprendiz» para um dia chegarem a ser «mestres». Quando se começa a trabalhar é necessário adquirir as competências de base que não são adquiridas nas universidades. EO: Verifica essa tendência apenas nos jovens? ES: As pessoas que já tiveram oportunidade de passar por vários empregos e experiências profissionais têm outra visão e postura no mercado de trabalho. Aqui a dificuldade reside no mercado actual. Por outro lado, as expectativas das pessoas estão actualmente tão baixas que, quando confrontadas com as ofertas de trabalho, podem sentir-se pouco motivadas e confusas! O valor social (realização pessoal) e o valor económico (vencimento) conflituam, mas também é verdade que a decisão das pessoas marca a diferença de atitude. EO: Quais as principais potencialidades da CRH no mercado português? ES: A CRH é uma empresa muito bem posicionada no mercado e está em franca expansão. Tem uma equipa com competências técnicas e pessoais fora de série, com profundo know-how nas diversas áreas e negócio. A CRH diferencia-se pela grande especialização e porque é um dos maiores criadores de emprego do país, baseando o seu negócio nas pessoas. Na área de Recrutamento e Selecção, um grande factor de distinção da CRH é o tratamento único a que os candidatos têm direito. Apesar de termos dezenas de processos de Recrutamento e Selecção por dia, gostamos, queremos – e não temos outra forma de trabalhar – a não ser tratar candidato como único, com todas as suas potencialidades e dificuldades. Devo também dizer que as nossas parcerias com clientes são muito consistentes e profissionais. A nossa carteira de clientes aumenta gradualmente e de forma muito positiva. EO: Como a CRH enfrenta o abrandamento económico que assola o mercado nacional e internacional? ES: Na CRH transformamos dificuldades em oportunidades! A conjuntura obriga-nos a trabalhar mais no campo das oportunidades. Neste contexto de crise e de redução de custos, a qualidade e os preços dos nossos serviços são altamente competitivos, sendo uma excelente vantagem para os nossos clientes.